Todas as manhãs, jogo meus barquinhos de papel na corrente do rio.
E sobre cada um deles escrevo meu nome e o nome de minha aldeia,
na esperança de que alguém, em alguma terra distante, os encontre e saiba quem eu sou.
Carrego meus barquinhos com flores frescas da estação,
para que cheguem ao desconhecido, como uma oferta do meu coração.
À noite, sonho que o meu barquinho flutua sobre o mar infinito,
levado pelas nuvens brancas que enchem o céu.
E que brincam com ele, leves e livres,
como eu brincava quando era criança.
Rabindranath Tagore